quarta-feira, 9 de abril de 2008

A queda! Me colocando no lugar do outro

Na 2º semana correndo na rua (moro em um bairro ecológico em SBCampo, onde obrigatoriamente as calçadas tem que ter grama), e sendo assim nem sempre são cuidadas por seus donos ou munícipio, para ajudar algumas delas são muito mal projetadas, termino optando por correr no meio fio.

Como no trajeto que faço também passam muitos ônibus em um dado momento, saí do meio fio e fui para a calçada, mal acostumada que estava a passar por este trajeto todo dia de carro, não tive tempo nem de racionar, estava correndo e de repente, me via a voar...tropecei em uma irregularidade da calçada, que nunca tinha visto por lá (ih"rimou).

A queda parecia um filme, onde você tenta imagina por milésimos de segundo, o que vai acontecer, quando enfim você chegar ao chão...E o pior com platéia, sua dignidade vai literalmente ao chão.

Por sorte meus piores sentimentos não se concretizaram, não bati o rosto, não ralei a testa e não quebrei nenhum dente (UFA!!!!!!!!!), nem osso, só saí com alguns arranhões.

Os transeuntes ficaram olhando, sem ação. Levantei rapidinho, olhei para trás para ver onde havia tropeçado e saí correndo.

O sentimento de indignação e vergonha aos poucos foi dando espaço para tolerância e compreensão, antes eu que reclamava dos que não andavam nas calçadas (os chamava de Hilander's), agora compreendo plenamente o por quê, calçadas mal cuidas, com a grama crescendo ou irregulares demais para caminhar, esta é a questão.

Em ano de eleições aproveitei para tirar algumas fotos, entrar em ação e exercer meu direito de cidadania. Vou meter a boca no trombone, quem sabe a gente não chega lá?!

Correr tem sido muito mais que perder calorias, gerar endorfinas e ficar feliz!Correr tem mexido com minha percepção!

Os cheiros mudaram, consigo separar cada fragrância que sinto (eucaliptos, terra, dama da noite, ar puro, etc), as cores são mais vivas e mais próximas e os problemas que antes eram apenas dos outros agora também são meus.

Quando cheguei em casa falei para minhas filhas que havia caído, e a Rafa perguntou: Você chorou mamãe?

- Não minha filha, não chorei, mas que deu vontade deu!

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